xaxim |
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais
conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do
gregopteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'.
O grupo das pteridófitas compreende plantas que, diferentemente
das briófitas, possuem vasos condutores de seiva sendo, por isso, consideradas
traqueófitas. Entretanto, não apresentam sementes - tal como os musgos,
hepáticas e antóceros - e, ao contrário destas, a fase dominante é o
esporófito, com gametófito reduzido.
Características
As pteridófitas são as primeiras
plantas a apresentar tecidos especializados na condução de água e nutrientes.
Ou seja, diferentemente das briófitas,
as pteridófitas são plantas vasculares. Existem vasos especializados
em conduzir a água e os sais minerais, chamados de xilema (ou lenho), e outros que conduzem a
seiva elaborada, o floema (ou
líber). A presença de vasos condutores permite que a água e os nutrientes sejam
transportados de maneira eficiente por longas distâncias. Esta característica
permite que elas atinjam tamanhos muito maiores do que os musgos.
O corpo das pteridófitas já apresenta a diferenciação em
raiz, caule e folhas. As raízes formam o sistema radicular, responsável por fixar
a planta ao substrato e pela absorção de água e nutrientes.
O caule sustenta o corpo vegetal e realiza o transporte de
substâncias entre raízes e folhas e vice-versa. Em muitas espécies, o caule
cresce abaixo da superfície do solo, ou seja, é um tipo de caule subterrâneo
chamado de rizoma. Em outras espécies, o caule é aéreo e pode
atingir vários metros de altura.
As folhas muitas vezes são divididas em pequenas partes,
chamadas de folíolos. As pteridófitas não possuem flores, frutos ou sementes.
samambaia |
Reprodução
Muitas espécies de pteridófitas têm
reprodução assexuada por brotamento. O rizoma cresce e brotam pontos
vegetativos que originam folhas e raízes. A fragmentação ou decomposição do
rizoma nas regiões entre esses pontos vegetativos isola novas plantas.
Esporófitos
de pteridófitas formam esporângios, onde são produzidos os esporos. A maioria
das espécies apresenta esporos de um único tipo, chamadas assim de isosporadas.
Algumas pteridófitas, formam dois tipos diferentes de esporo, um deles grande
(megásporo) e outro pequeno (micrósporo). Por isso são chamadas de
heterosporadas.
Os
esporângios formam-se na superfície de folhas férteis denominadas esporofilos
(folhas produtoras produtoras de esporos). A germinação do esporo origina um
pequeno gametófito, o prótalo. Nas espécies isoladas, o gametófito é monóico,
formando tanto arquegônios quanto anterídios. Nas espécies heterosporadas, o
gametófito proveniente do micrósporo, chama-se microgametófito, e forma
anterídios; o gametófito proveniente do megásporo é denominado megagametófito,
e forma arquegônios.
Os
anterídios, quanto maduro, liberam anterozóides flagelados, que nadam ate os
arquegônios. Um anterozóide fecunda a oosfera, originando o zigoto. Este se
desenvolve pela multiplicação das células por mitose, originando o embrião. As
células do embrião em desenvolvimento diferenciam-se em raiz, caule e folha.
A raiz
entra em contato com o solo ou outro substrato, de onde começa a absorver água
e nutrientes minerais. Nas células das primeiras folhas existem cloroplastos,
que permitem ao esporófito realizar fotossíntese e tornar-se independente do
gametófito quanto à nutrição. Quando as reservas de nutrientes orgânicos do
gametófito desenvolverá folhas férteis, nas quais se formarão
esporos.
Classificação
das Pteridófitas
Existem quatro grupos de pteridófitas:
- Psilofitinea (Psilopsida): estão incluídas neste grupo as plantas do gênero
Psilotum.
- Equisetinea
(Sphenopsida): estão
incluídas neste grupo as plantas do gênero Equisetum. As mais conhecidas são as
cavalinhas.
- Licopodinea
(Licopsida): estão incluídas neste grupo as
plantas do gênero Lycopodium, uma planta rasteira, e a Selaginella, que é
confundida com musgo, por possuírem folhas pequenas e delicadas.
-Filicínea
(Pteropsida): estão incluídas neste grupo as
samambaias e as avencas, que são muito conhecidas e usadas como plantas
ornamentais.
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